O saldo total da carteira de crédito deve mostrar expansão de 1% em outubro, segundo a Pesquisa Especial de Crédito divulgada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta sexta-feira, 21. O resultado representa um avanço anual de 10,1%, um ritmo que sugere um processo gradual de acomodação, de acordo com a entidade.
O levantamento mensal é compilado com dados consolidados das principais instituições financeiras do Brasil e serve como prévia da Nota de Crédito do Banco Central, que será divulgada em 26 de novembro.
A pesquisa sugere uma contínua divergência na composição da carteira, com o segmento Pessoa Física (PF) em destaque, em contraste com o menor dinamismo na Pessoa Jurídica (PJ).
Pela sondagem, a carteira destinada às famílias deve apresentar expansão de 1,3% no mês e de 11,1% no confronto anual. O movimento é disseminado, mas as linhas de maior risco (rotativas) seguem com maior vigor. A estimativa é de que o avanço anual nos recursos livres para a PF tenha acelerado de uma 12,2% em setembro para 12,6% em outubro. No comparativo mensal, o incremento seria de 1,6%.
Já para a carteira PF direcionada, a expectativa é de uma alta de 0,9% no mês e de 9,4% em 12 meses, diante dos primeiros efeitos do programa de renegociação do crédito rural, que vem enfrentando o impacto de uma inadimplência elevada.
Pessoa Jurídica
No segmento PJ, a pesquisa aponta crescimento mensal de 0,4% no crédito destinado às empresas, com elevação anual de 8,6%. Programas governamentais têm sustentado os recursos direcionados, que deve ter tido aumento de 2,0% na comparação mensal e de 16,9% na anual.
Por outro lado, a carteira PJ com recursos livres deve ter recuado 0,6% em outubro ante setembro, em meio à sazonalidade negativa das linhas de descontos de recebíveis, apreciação cambial para linhas externas e fraco dinamismo do capital de giro. O número deve se traduzir em uma desaceleração na expansão anual da carteira livre PJ, de 4,0% para 3,8%.
Para o diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, Rubens Sardenberg, os resultados da pesquisa indicam que o processo de desaceleração do crédito segue gradual, mesmo com a política monetária restritiva. Segundo ele, programas governamentais para empresas e linhas voltadas ao consumo das famílias têm ajudado, mas há uma piora na qualidade da carteira. "Esse quadro sugere alguma cautela com o comportamento da inadimplência, que deve provavelmente seguir em viés de alta nos próximos meses", avalia.
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