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24/11/2025 - 14:35 Galípolo: para fazer seu trabalho, é importante que BC não se emocione com ruídos midiáticos

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, voltou a defender nesta segunda-feira, 24, em encontro com banqueiros, a atuação técnica da instituição, e disse que a autoridade monetária não deve se "emocionar" com o clamor popular, referindo-se a críticas aos juros altos.

"Acho que é importante o Banco Central não se emocionar e não ser uma instituição preocupada em fazer movimentos por questão de mídia ou de mobilização", disse Galípolo durante o almoço anual promovido pela Febraban, a federação dos bancos.

Em sua fala, o presidente do BC disse que a preocupação da autoridade monetária deve ser cumprir o mandato de levar a inflação à meta com rigor técnico, sem se preocupar com a "questão midiática".

O papel da autarquia, pontuou, é seguir critérios técnicos, com transparência para a população.

Em relação aos próximos passos da política monetária, o banqueiro central mencionou apenas que o BC segue "dependente dos dados" e ciente do seu compromisso com a meta de inflação.

Após citar os desafios enfrentados durante o ano - entre eles, questionamentos sobre a eficácia da política monetária e a estabilidade financeira -, Galípolo frisou que o BC lidou com problemas cumprindo "exatamente" o que dizem a norma e o regimento legal. Nesse ponto, fez um agradecimento especial ao diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton Aquino, pelo "trabalho espetacular desde o início". Conforme Galípolo, o BC vai sempre reagir e tomar decisões diante de desafios.

Pressão

O presidente do Banco Central salientou que, quem está no Banco Central, não pode se dar ao direito de se incomodar com eventuais críticas por parte do governo em relação ao nível da taxa de juro. "Se você está numa posição que você tem muita gente que é afetada pela sua atuação, pode existir pressão e pode existir gritaria. Se você não vai se dar bem com isso, o Banco Central não é um local adequado", disse.

Ele também destacou que é natural que sempre haja argumentações em favor "dos dois lados" em relação à condução da política monetária e que é natural que o próprio governo traga o seu ponto de vista. "É um debate que é sempre legítimo, democrático, e se o governo não puder falar, não puder debater, não puder propor, quem vai poder?", indagou o presidente do BC.

Na avaliação de Galípolo, quando se encerra um ciclo de alta nos juros, é esperado que se iniciem apostas de quando a taxa Selic começará a cair. Em um cenário como esse, seguiu o presidente do BC, também já é esperado que surjam incômodos com as decisões da autarquia, independente de quais sejam e em que momentos são tomadas.

'Último zagueiro'

Assim, Galípolo usou novamente a metáfora de que o BC é sempre o "último zagueiro", de quem "a bola não pode passar". "Esse é o papel do Banco Central. E se o Banco Central fizer o papel dele bem feito, geralmente o que vai acontecer com o tempo é, ele (BC) ser acusado pelos dois lados do que ele está fazendo. Não importa em que momento ocorra (um corte de juro) ou deixe de ocorrer. Quando ocorrer ou deixar de ocorrer, vão existir críticas de que foi feito por pressão ou que foi tarde demais."

Riscos de cauda

O presidente do Banco Central disse ainda que observa uma diminuição dos riscos de cauda, após a autarquia ser desafiada ao longo do ano na missão de levar a inflação ao centro da meta: 3%.

"Chegando ao final do ano, acho que esses desafios ou os riscos de cauda para esses desafios emagreceram significativamente", declarou Galípolo.

Ele fez o comentário após lembrar, em uma breve retrospectiva do ano, que 2025 começou com o mercado questionando se a política monetária conseguiria cumprir o seu papel.

Na sequência, continuou, o trabalho do BC foi desafiado por uma economia que mostrou resiliência maior do que era inicialmente previsto. "O Banco Central teve um ano onde ele foi, por falta de uma melhor expressão, desafiado naquilo que é o seu mandato core, o seu mandato central."

Ao longo do ano, lembrou Galípolo, as dúvidas passaram a pender ao lado oposto, com questionamentos sobre se a taxa de juros não estaria muito restritiva. Nesse ponto, pontuou, o BC vai ser sempre criticado pelos opostos se fizer um bom trabalho. O presidente do BC lembrou ainda que o BC enfrentou em 2025 novos desafios relacionados à segurança.

"Mas chegamos ao fim do ano com esses riscos de cauda mais magros, com menos dúvidas e com uma convicção maior de que política monetária, sim, funciona, de que o Banco Central vai atuar sempre que houver qualquer tipo de risco ou ameaça relativo à questão de segurança, ou questão de estabilidade", comentou Galípolo.

Fonte: Estadão Conteúdo
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Fonte: Q10/Estadão Conteúdo
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