As restrições à exportação de matérias-primas críticas aumentaram mais de cinco vezes em relação a 2009 à medida que a demanda aumenta, impulsionada pelas transições verde e digital e pelas crescentes preocupações com a segurança econômica, mostram dados do Inventário de Restrições à Exportação de Matérias-Primas Industriais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A edição de 2025, publicada nesta segunda-feira, 12, abrange os desenvolvimentos até o final de 2023 e mostra que essa tendência se acelerou acentuadamente no ano anterior, quando mais de 500 novos produtos minerais brutos foram afetados por pelo menos uma restrição à exportação, em reflexo às mudanças mais amplas no cenário global, como tensões geopolíticas intensificadas e crescente competição estratégica. A taxa de crescimento de novas restrições à exportação foi mais que o dobro da de 2022 e quase o triplo da de 2021.
"O aumento das restrições à exportação de matérias-primas críticas pode aumentar os preços e o risco de interrupções na cadeia de suprimentos, prejudicando o crescimento global, a expansão das energias renováveis e a digitalização", afirmou o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann.
Resíduos e sucatas continuam sendo a categoria mais frequentemente restringida, muitas vezes devido a preocupações ambientais e ao crescente interesse em cadeias de suprimentos circulares. No entanto, as restrições à exportação de minérios e minerais, particularmente insumos a montante em cadeias de suprimentos críticas, também estão aumentando acentuadamente. Segundo a análise, cobre, titânio, manganês, zircônio, germânio e outros metais não ferrosos tiveram os maiores níveis de incidência de restrições à exportação em 2023.
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