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21/08/2025 - 18:18 Cenário político, imbróglio entre Brasil e EUA e exterior pressionam taxas

Os juros futuros tiveram o pior comportamento entre os ativos domésticos no pregão desta quinta-feira, 21, com ganho de inclinação na curva. Numa sessão em que dólar e Bolsa tiveram variação tímida, pesquisa que apontou quadro mais favorável ao governo Lula em 2026 e incertezas em relação a uma possível escalada da tensão entre Brasil e Estados Unidos pressionaram as taxas - que chegaram a abrir cerca de 15 pontos-base nos vértices mais longos.

A alta ainda teve como pano de fundo o ambiente externo, onde os rendimentos dos Treasuries reagiram a declarações mais cautelosas de três dirigentes do Federal Reserve (Fed) a respeito do corte de juros, durante o primeiro dia do Simpósio de Jackson Hole. Os investidores aguardam o discurso do presidente Jerome Powell amanhã, que deve trazer mais pistas sobre os próximos passos da política monetária nos EUA.

Encerrados os negócios, a taxa de contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 aumentou de 14,03% no ajuste anterior para 14,08%. O DI para janeiro de 2029 avançou de 13,329% no ajuste da véspera para 13,41%, e o contrato para janeiro de 2031 marcou 13,76%, vindo de 13,636% no ajuste de ontem.

Publicada antes da abertura do mercado, pesquisa do instituto Genial/Quaest indicou que o presidente Lula tem vantagem em todos os cenários de segundo turno para as eleições de 2026. Contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula está oito pontos porcentuais à frente, com 43% das intenções de voto.

"Há um conjunto de fatores que reforçam incertezas em relação ao resultado das eleições de 2026", afirma Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Asset Management. Em sua visão, o levantamento conhecido hoje fez preço na curva. Ashikawa também destaca a enquete publicada ontem pelo mesmo instituto, que mostrou melhora da avaliação do governo atual.

No âmbito institucional, o impasse entre Brasil e EUA, que agora também se estende ao Judiciário - após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino que impediu a aplicação da Lei Magnitsky no Brasil -, ainda trouxe volatilidade às taxas futuras, acrescenta. "Há receios de uma escalada adicional entre o STF e os EUA". Ele cita, por fim, o ambiente externo como outra influência altista para a curva local hoje.

No campo dos indicadores, divulgada mais cedo pela Receita, a arrecadação federal de julho somou R$ 254,2 bilhões, acima da mediana do Projeções Broadcast, de R$ 252,5 bilhões. Segundo o economista-chefe da BGC Liquidez, Felipe Tavares, a resistência da atividade econômica, principalmente no segmento de serviços, tem ajudado a elevar as receitas. Os serviços têm sido acompanhados com lupa pelo Banco Central, por ainda mostrarem dinamismo mesmo em uma conjuntura de política monetária bastante restritiva.

"Em nossa opinião, a arrecadação de impostos continuará a ser um fator chave na percepção de risco fiscal e no cumprimento das metas fiscais. Mantemos uma perspectiva cautelosa para o cenário-base de 2026", aponta em relatório o economista Ítalo Franca, do Santander Brasil, para quem a arrecadação vai crescer 3% no ano.

Dados antecedentes de agosto do banco apontam que os serviços continuam aquecidos. Segundo a prévia do Iget Serviços, calculado pelo Santander em parceria com a Getnet, os serviços prestados às famílias tiveram expansão de 3,8% na primeira quinzena de agosto ante julho. A alta foi influenciada principalmente pelo setor de alojamento e alimentação, que subiu 3,5%.

Fonte: Estadão Conteúdo
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Fonte: Q10/Estadão Conteúdo
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