O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) lançou nesta segunda-feira, 15, o programa "Investe + Aeroportos", iniciativa para fortalecer a arrecadação das gestoras de aeroportos. A proposta é modernizar a gestão de áreas aeroportuárias e atrair empreendimentos como shoppings, hotéis, centros de convenções, complexos hospitalares e terminais logísticos. Segundo o ministro Silvio Costa Filho, os investimentos serão feitos pelo setor privado e podem somar até R$ 10 bilhões.
Costa Filho afirmou que o objetivo é transformar os aeroportos em agentes ativos do crescimento econômico. "Os aeroportos se tornaram grandes agentes de desenvolvimento regional. Hoje são hubs logísticos", disse.
Ele explicou que a revisão de portaria do governo vai permitir ampliar os prazos de exploração para investimentos privados, viabilizando projetos de longo prazo. "Com essa portaria revisitada, amplia para quase 75 anos. Isso vai dar segurança para quem quer prover investimentos e permitir que esses empreendimentos sejam viáveis do ponto de vista mercadológico e financeiro."
Durante a entrevista, o ministro detalhou que já existem cerca de R$ 5 bilhões em investimentos consolidados, precificados com base na nova portaria. "A gente espera que, nesses próximos cinco anos, a gente tenha mais de 5 bilhões de investimentos privados nos aeroportos brasileiros", acrescentou, destacando o diálogo com o mercado financeiro e o interesse de fundos internacionais no setor.
O programa também busca valorizar os ativos da União, reforçou Costa Filho. Ele argumentou que aeroportos bem estruturados aumentam de valor e atraem mais investimentos nas futuras concessões.
"Quando for feita a concessão novamente daqui a 30, 40 anos, aquele valor do ativo brasileiro vai valorizar ainda mais", afirmou. O ministro disse que a estratégia vai gerar emprego, renda e novas oportunidades regionais. "Na hora que você tem um aeroporto estruturado, você pode ali fazer uma escola, um hotel, uma grande loja, centros educacionais ou terminais de carga para ajudar no escoamento das exportações e importações. Isso tudo vai ativar a economia regional", concluiu.
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